quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Fernando Eneas: JUIZITE E PROMOTORZITE, DOENÇAS INFANTIS DO JUDICIÁRIO.

No elenco dos principais sufixos nominais gregos de ambiência médica, se nos depara o denominado "ite", que significa inflamação. Eis alguns exemplos de palavras de uso corrente que o possuem: apendicite, gastrite, cistite, miosite, etc. No Direito, ou em sua história que acompanha a evolução do gênero humano, o sufixo "ite" pode muito bem ser utilizado para os excessos de zelo, meneios, ademanes, egolatrias, abusos e futricas envolvendo juízes - aí contidos ministros e desembargadores -; promotores - entre estes, procuradores da República e procuradores de Justiça.

Na oração gramatical acima expressa, encerra-se uma acusação grave que pende tal espada de dâmocles sobre as mentes, corações, capacidades e ações de todos os agentes envolvidos na prestação jurisdicional, eis que representa a inflamação do ego, do poder, da arrogância, prepotência ou aviltamento do outro chega às barras da ignomínia em certos casos, em que por uma falha de caráter, despreparo humano, intelectual ou profissional, cada uma dessas carreiras encerra no seu agente materializador, infelizmente o seu verdugo e nauseabundo escoadouro, o juiz, e o promotor de Justiça.

Em entrevista concedida à revista "Veja", na edição n° 35 - ano 36, o à época Presidente do Supremo Tribunal Federal, a mais alta Corte do país, qualificou a juizite como "... doença que acomete principalmente os magistrados mais novos. Eles chegam cheios de vontade, achando-se super-homens. Muitas vezes tomam decisões exóticas, que acabam reformadas.". (...) Não me esqueço do Juiz que me negou a mão quando, ainda estagiário, fui cumprimentá-lo no início da audiência. Atitudes como essa repercutem diretamente na administração da Justiça, na medida em que afastam o Juiz da sociedade, que passa a temê-lo. (Fonte: Revista Juristas, 20 de fevereiro de 2006).

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