
Então, não se constrange em dar canseira aos que pedem. Especialmente, se forem aliados.
Nos últimos dois anos da gestão, no entanto, acende uma luz vermelha no painel do avião. É hora de começar a atender pedidos de audiências, demorar um pouco mais nas conversas e se submeter a pleitos dos mais absurdos. Também é natural. É chegada a hora de uma nova eleição e o governante tem que voltar a ser bonzinho de novo.
No caso do governador José Maranhão, não houve a primeira etapa. Ele já assumiu sendo obrigado a adotar uma postura dos últimos dois anos. E é o que tem feito. Com maestria, inclusive.
Por isso, não surpreende que esteja tão macio com as lideranças políticas. Maranhão tem um sorriso e um “sim” prontos para qualquer um que se aproxima dele. E com um detalhe: pressa na resolução já que o tempo, diferente de verba, não é o que mais lhe sobra.
Por isso, a adesão de prefeitos, deputados, vereadores, sindicalistas, padres, pastores e toda sorte de categorias que se aproximam da Granja.
Publicamente, as adesões estão se revelando mais agora por uma outra questão.
Maranhão está reunindo “bala na agulha” e perspectiva de poder. No começo da sua gestão, só tinha a primeira. E Ricardo Coutinho, hoje, em se tratando de campanha estadual, só tem a segunda.
Há ainda, no caso do governador, que é casado com a vice-presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, um ingrediente a mais. Políticos com problema na Justiça vislumbram na aliança com ele, consciente ou inconscientemente, o freio em seus processos.
Foi assim com os deputados que deixaram suas legendas para se filiarem a partidos da base governista, com o prefeito Elson da Cunha Lima, de Areia, conforme destacou o próprio Tião Gomes, e agora com os vereadores Felipe Leitão e Sérgio da Sac.
Todos antevendo dias melhores. Especialmente, para si.
Quando Maranhão diz que as adesão são espontâneas ele não está mentindo. São espontâneas sim. Quem não quer aumentar a renda, resolver pleitos no governo e ainda garantir uma base para a eleição de 2010?
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