quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Um fariseu de batina

Dona Zilda Arns - Um exemplo de vida.

Ainda está sendo noticiada nos meios de comunicação, a ausência material de uma das mais extraordinárias mulheres do Brasil, a Dona Zilda Arns, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança e da Pessoa Idosa, órgão de Ação Social da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Dona Zilda Arns foi uma das vitimais fatais de um terremoto acontecido na paupérrima ilha das Antilhas de nome Haiti.

Falo em ausência material, posto que essa centelha, em sua condição espiritual, representada por Dona Zilda Arns, jamais se apagará seja em espírito ou memória.

Isso me vem a propósito, ao traçar um paralelo entre a pessoa de Dona Zilda Arns e do seu irmão Dom Paulo Evaristo Arns e a do atual arcebispo metropolitano da Paraíba Dom Aldo di Cillo Pagotto (foto).

Muito embora estando longe dos holofotes da mídia, o “mais partidário” dos arcebispos volta a ter destaque na imprensa por conta das suas reacionárias declarações. Na entrevista da quarta-feira (06), concedida a uma emissora local, Dom Aldo declarou que as eleições deste ano iam “feder a chifre queimado”.

Segundo ele, a coisa não está muito fácil na Paraíba e que não iria se meter em política partidária (!?). E manifestou que “ainda vou fazer uma carta para distribuir com a população sobre as eleições”.

Segundo ele, a Arquidiocese teria o intuito de afastar as pessoas da “política partidária” “mas ajudar no discernimento e na escolha daqueles que vão ter a outorga para governar em nome do povo e para o povo”, disse.

O arcebispo também se disse contra a decisão da Justiça Eleitoral que permitiu que agora presidiários possam votar. Dom Aldo disse não aceitar a decisão porque acha que a sociedade não está madura para enfrentar um processo como este. “Eu acredito que uma pessoa que perdeu a liberdade como é que vai votar. Eu acho que bandido vota em bandido”, observou.

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Fernando Eneas

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