domingo, 5 de julho de 2009

Efraim Morais é próximo alvo de aliados de Sarney.

Após o DEM romper publicamente com Sarney, parlamentares da legenda entraram na linha de tiro dos aliados do senador e do governo. Dono da 1ª secretaria de fevereiro de 2005 a fevereiro de 2009, Efraim Morais (PB) é o próximo alvo. Pelas mãos dele passaram contratos e atos que, em tese, podem causar embaraço ao DEM.

O senador é de família tradicional na política da Paraíba e retribui favores. Tem muitos amigos, a julgar pelo número de funcionários em seu gabinete: 59 (o mais alto da Casa). Com o fim do nepotismo, sete parentes perderam o emprego. O prefeito de São Mamede (PB), Francisco das Chagas Lopes de Souza, é um dos amigos. Sua filha, Marcília, apesar de estudar medicina em Campina Grande (PB), é assistente parlamentar desde 2005. No gabinete de Efraim, ninguém a conhece. Segundo sua assessoria, ela "trabalha por produção": presta serviços nos fins de semana e recebe salário integral, cerca de R$ 3 mil.

Efraim pode ter problemas com investigações na Polícia Federal. Na 1ª secretaria, no recesso de julho de 2008, prorrogou contrato de mais de R$ 2 milhões com a Ipanema Empresa de Serviços Gerais, acusada pelo Ministério Público de fraudar licitações. A PF quer saber o grau de amizade de Efraim com o lobista Eduardo Bonifácio Ferreira. Ele estendeu três contratos de interesse de Ferreira considerados suspeitos pela PF, no total de R$ 35 milhões. Filiado ao DEM, Ferreira foi nomeado em 2003 para cargo na liderança da Minoria do Senado. Ficou até 2005.

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