Teatro de Itabaiana comemora 33 anos de fundação
Fábio Mozart
No dia 22 de agosto de 1976, o Grupo Experimental de Teatro de Itabaiana – GETI – realizava sua primeira apresentação pública, com o espetáculo “A Peleja de Lampião com o capeta”, no palco do antigo Itabaiana Clube. Na foto identifiquei, da esquerda para a direita: Geni, Idalmo (que encarnou Lampião na famosa peça), Osório Cândido, professora Socorro Fragoso, Fábio Mozart (de barba a la Raul Seixas), Flaviano Almeida e Joaquim Lopes, o Neguinho. Foi na bebemoração, ao final do espetáculo.
Um ano depois, fundamos a Sociedade Cultural Poeta Zé da Luz, que depois passou a se chamar Sociedade Amigos da Rainha do Vale do Paraíba, com o objetivo maior de divulgar a cultura regional. Além de Idalmo, participaram do primeiro espetáculo os atores Norberto Araújo, Ercílio Palhano, Romualdo Palhano, Roberto e Elizabeth Palhano, Osório Cândido e Agnaldo Alves. Nos bastidores, atuaram Flaviano Almeida, Luciana Pascoal, Geni, Carlos Alberto Lucena, Jandira Lucena, Joaquim Lopes, Weber Veloso e José Ramos. Desses, nenhum mais resta morando em Itabaiana.
O foco era usar o teatro para tentar emocionar o público com elementos de sua própria cultura. Fazíamos um teatro emergencial, sem grande apoio da técnica, mas fomos responsáveis pelo embrião da cultura artística organizada na terra de Sivuca.
No presente momento, o grupo ainda luta por um espaço digno onde possa realizar suas atividades, através dos companheiros Normando Reis, Fred Almeida, Marcos Veloso, Edgley Gonçalves, Das Dores Neta e Clévia Paz.
Nesses 33 anos, o grupo montou as peças “A Peleja de Lampião com o Capeta”, “Auto da Paixão”, “Nem só de pau vive o homem”, “ABC de Zé da Luz, o poeta do povão”, “Vozes da vida e da morte” e “O Batalhão das Sombras”, todos de minha autoria. Ainda montamos “Dorotéia Carvalhal, a mulher que se casou 18 vezes” (adaptação de cordel), “Dois perdidos numa noite suja”, de Plínio Marcos e “Hoje a banda não sai”, original de Marcos Tavares.
No próximo ano, o companheiro Romualdo Palhano pretende lançar em Itabaiana um livro que fala sobre a história deste grupo de teatro amador. Na ocasião, eu também estarei lançando um livro de crônicas com o título provisório de “A Voz de Itabaiana e outras vozes”. Aproveito e já recebo o diploma de cidadão honorário da terra de Zé da Luz, que muito gentilmente a Câmara Municipal me concedeu. Para quem não sabe, sou pernambucano de Timbaúba, mas radicado em Itabaiana desde garoto. Romualdo atualmente é doutor em Teatro pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UNIRIO – e professor da Universidade Federal do Amapá.
O grupo vivenciou muitas coisas nos 33 anos de existência. Fundamos um teatro de bolso (Teatro Nautília Mendonça), que depois foi engolido por um prefeito. Durante a ditadura, fomos presos em nome da segurança nacional, pelo crime de montar uma peça que falava da miséria do povo. Do nosso grupo saíram Romualdo e Palmira Palhano, dois nomes de proa do teatro da Paraíba. Despontou também no meio artístico o companheiro Agnaldo Alves, nosso “Pabulagem”, fundador e líder do grupo folclórico Acauã da Serra, de Campina Grande.
De resto, temos muitos motivos de orgulho por fazer parte daquele grupo de artistas amadores, renovando a fé nos atuais compaheiros que ainda teimam em guiar as novas gerações na luta por sua própria identidade, através das artes cênicas.
Fábio Mozart
No dia 22 de agosto de 1976, o Grupo Experimental de Teatro de Itabaiana – GETI – realizava sua primeira apresentação pública, com o espetáculo “A Peleja de Lampião com o capeta”, no palco do antigo Itabaiana Clube. Na foto identifiquei, da esquerda para a direita: Geni, Idalmo (que encarnou Lampião na famosa peça), Osório Cândido, professora Socorro Fragoso, Fábio Mozart (de barba a la Raul Seixas), Flaviano Almeida e Joaquim Lopes, o Neguinho. Foi na bebemoração, ao final do espetáculo.
Um ano depois, fundamos a Sociedade Cultural Poeta Zé da Luz, que depois passou a se chamar Sociedade Amigos da Rainha do Vale do Paraíba, com o objetivo maior de divulgar a cultura regional. Além de Idalmo, participaram do primeiro espetáculo os atores Norberto Araújo, Ercílio Palhano, Romualdo Palhano, Roberto e Elizabeth Palhano, Osório Cândido e Agnaldo Alves. Nos bastidores, atuaram Flaviano Almeida, Luciana Pascoal, Geni, Carlos Alberto Lucena, Jandira Lucena, Joaquim Lopes, Weber Veloso e José Ramos. Desses, nenhum mais resta morando em Itabaiana.
O foco era usar o teatro para tentar emocionar o público com elementos de sua própria cultura. Fazíamos um teatro emergencial, sem grande apoio da técnica, mas fomos responsáveis pelo embrião da cultura artística organizada na terra de Sivuca.
No presente momento, o grupo ainda luta por um espaço digno onde possa realizar suas atividades, através dos companheiros Normando Reis, Fred Almeida, Marcos Veloso, Edgley Gonçalves, Das Dores Neta e Clévia Paz.
Nesses 33 anos, o grupo montou as peças “A Peleja de Lampião com o Capeta”, “Auto da Paixão”, “Nem só de pau vive o homem”, “ABC de Zé da Luz, o poeta do povão”, “Vozes da vida e da morte” e “O Batalhão das Sombras”, todos de minha autoria. Ainda montamos “Dorotéia Carvalhal, a mulher que se casou 18 vezes” (adaptação de cordel), “Dois perdidos numa noite suja”, de Plínio Marcos e “Hoje a banda não sai”, original de Marcos Tavares.
No próximo ano, o companheiro Romualdo Palhano pretende lançar em Itabaiana um livro que fala sobre a história deste grupo de teatro amador. Na ocasião, eu também estarei lançando um livro de crônicas com o título provisório de “A Voz de Itabaiana e outras vozes”. Aproveito e já recebo o diploma de cidadão honorário da terra de Zé da Luz, que muito gentilmente a Câmara Municipal me concedeu. Para quem não sabe, sou pernambucano de Timbaúba, mas radicado em Itabaiana desde garoto. Romualdo atualmente é doutor em Teatro pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UNIRIO – e professor da Universidade Federal do Amapá.
O grupo vivenciou muitas coisas nos 33 anos de existência. Fundamos um teatro de bolso (Teatro Nautília Mendonça), que depois foi engolido por um prefeito. Durante a ditadura, fomos presos em nome da segurança nacional, pelo crime de montar uma peça que falava da miséria do povo. Do nosso grupo saíram Romualdo e Palmira Palhano, dois nomes de proa do teatro da Paraíba. Despontou também no meio artístico o companheiro Agnaldo Alves, nosso “Pabulagem”, fundador e líder do grupo folclórico Acauã da Serra, de Campina Grande.
De resto, temos muitos motivos de orgulho por fazer parte daquele grupo de artistas amadores, renovando a fé nos atuais compaheiros que ainda teimam em guiar as novas gerações na luta por sua própria identidade, através das artes cênicas.
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