A política é realmente dinâmica. A estratégia de hoje não é a de ontem e pode não ser a de amanhã. Vejam o que está acontecendo, por exemplo, com o grupo do governador José Maranhão. Há dias que se observa a consolidação de um discurso que parece ter sido “xerocado” na Granja e repassado para os aliados.Todos, sem exceção, voltaram a acreditar piamente na manutenção da aliança Maranhão/Ricardo para 2010. E têm dito isso repetidas vezes, como a querer confirmar a memorável tese de Goobles, o ministro da propaganda nazista, para quem uma mentira dita várias vezes se torna verdade.
Até o próprio governador que no mês passado pôs um ponto final na aliança classificando-o como impossível voltou a defender a aliança.
Pelo interior, onde impera a voz das rádios, o discurso já se propagou como gripe Suína na Argentina. Não é raro ver um prefeito perguntar: “Ricardo voltou pra Maranhão?”.
A intenção parece ser clara: confundir as lideranças políticas quanto ao projeto de governo do prefeito Ricardo Coutinho, afastando-o de uma possibilidade de aliança com o ex-governador Cássio e, por tabela, da temida tese da“unidade das oposições”. Usando para isso, claro, um ingrediente especial: a postura aparentemente indefinida do próprio Cássio. Que, como já dissemos, adotou uma postura de relação dupla, o que supõe especulações de todos os gêneros.
O fato é que a nova estratégia de Maranhão e companhia vem pegando. Tanto que forçou ao grupo Girassol a entrar em campo para desmanchá-la. Estimulando o prefeito a reforçar o discurso oposcionista e reafirmar candidatura ao governo.
O que poderá, atentem bem, se for feito com eficiência, até ajudar no projeto de escalada do mago como líder das oposições no Estado, já que, a partir de agora, se exigirá de Ricardo Coutinho que ele se torne mais anti-maranhista do que o próprio Cássio.
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