quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Fábio Mozart - Salve o músico popular!

Conversando com meu compadre Wellington Costa, exímio violonista de Cabedelo, fiquei sabendo que seu pai, o mestre Wilson do Bandolim, conheceu e foi parceiro do cavaquinista itabaianense Artur Fumaça. Esse artista popular é da geração do meu pai, Arnaud Costa. Autodidata, Artur Fumaça aprendeu a tocar bandolim de ouvido e em seguida violão. Especializou-se como animador dos cabarés da rua das Flores e Treze de Maio, famosos lupanares de Itabaiana. Depois partiu para fazer a vida artística nos cabarés de Cabedelo, para gáudio dos marujos estrangeiros que ali aportavam.

Wilson do Bandolim é um admirador eterno do Artur Fumaça. Tocaram juntos em muitas noites de boemia, com outros papas da música popular paraibana, a exemplo do Canhoto da Paraíba, emparelhado com os maiores violonistas que já nasceram no solo pátrio. “Ninguém que toca violão tocaria do mesmo jeito depois de ouvir Canhoto da Paraíba”, garante Wilson. Canhoto morreu recentemente, e Artur Fumaça há muito foi embora. Ele é da terra de Sivuca e de Biu da Rebeca, dois artistas populares inigualáveis. Um, o mestre Sivuca, calhou de levar seu acordeom ao mundo todo e granjear fama e prestígio. O outro, igual a Artur Fumaça, vive apenas na lembrança dos amigos que ainda moram nesse vale de lágrimas, e que tiveram a sorte de ouvir e ver suas performances.

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