sábado, 18 de julho de 2009

ISSO NÃO PODE ACONTECER!

O Ministro da Cultura Juca Ferreira em entrevista exclusiva ao ClickPB revelou que o mais breve possível será construído na cidade de Campina Grande, um memorial em homenagem ao cantor e compositor paraibano Sivuca. O anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira ao ClickPB pelo ministro da Cultura, Juca Ferreira nas presenças do secretário estadual de Educação Sales Gaudêncio e do secretário estadual de Cultura Flávio Tavares.

Para Flávio Tavares, nos próximos 10 dias ele estará em Brasília para acertar os detalhes desta homenagem e para equacionar o tema. Segundo o secretário, a partir de agora todo acervo musicológico do artista será levantado. “Na luta pela escolha entre o agreste e o litoral, nossa preferência será por Campina Grande. Não que João Pessoa não mereça, mas a musicalidade de Sivuca está mais ligada a Serra da Borborema, pois as nascentes de culturas musicais polarizam aquela região. O mais importante em tudo isso, é a eternizarão de Sivuca nacionalmente.

Perguntado qual a previsão para esta construção, o secretário estadual de Cultura foi enfático: “É pra ontem. Dentro de 10 dias estarei em Brasília com o professor Sales Gaudêncio e a viúva de Sivuca, Glorinha Gadelha para formatar e executar o projeto o mais rapidamente.” Disse Flávio Tavares.


QUEM FOI SIVUCA

Severino Dias de Oliveira, mais conhecido como Sivuca, (Itabaiana, 26 de maio de 1930 — João Pessoa, 14 de dezembro de 2006) foi um dos maiores músicos brasileiros do século XX, de grande repercussão internacional. Além de compositor, Sivuca era um notável acordeonista (sanfoneiro).

Sivuca contribuiu significativamente para o enriquecimento da música brasileira, sendo reconhecido em todo o mundo por seu trabalho. Suas composições e trabalhos incluem, dentre outros ritmos, choros, frevos, forrós, baião, música clássica, blues, jazz, entre muitos outros.

Sua iniciação musical se deu na infância, tocando em feiras e festas populares já aos nove anos de idade. Mudou-se para o Recife aos quinze anos de idade, onde adotou seu nome artístico.

Seu primeiro LP, em 1950, em parceira com Humberto Teixeira, continha o seu primeiro grande sucesso, "Adeus, Maria Fulô" (que foi regravado numa versão psicodélica pelos Mutantes, nos anos 60).

A partir de 1955, foi morar no Rio de Janeiro. Após apresentações na Europa como acordeonista dum grupo chamado Os Brasileiros, chegou a morar em Lisboa e Paris.

Morou em Nova Iorque de 1964 a 1976, onde, entre outros trabalhos, foi autor do arranjo do grande sucesso "Pata Pata", de Miriam Makeba, com quem então excursionou pelo mundo até o fim da década de 60. Compôs trilhas para os filmes Os Trapalhões na Serra Pelada (1982) e Os Vagabundos Trapalhões (1982)

Em 20 de novembro de 2006 o músico lançou um DVD, totalmente produzido na Paraíba, “Sivuca – O Poeta do Som”, em homenagem aos seus 75 anos, que contou com a participação de 160 músicos convidados. Foram gravadas 13 faixas, além de duas reproduzidas em parceria com a Orquestra Sinfônica da Paraíba.

Faleceu em 14 dezembro de 2006, depois de dois dias internado para tratamento de um câncer, que já o acometia desde 2004. Sivuca deixa uma filha, Flavia, que atualmente está levantando o acervo do pai, e mais três netos, Lirah, Lívia e Pedro.

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