Um exemplo de vereador
Fábio Mozart
Recebi o texto abaixo do amigo itabaianense Joacir Avelino, que repasso para meus dois ou três leitores. Atualmente Joacir mora em Maceió, Alagoas, onde atua como delegado da Polícia Federal.
"No longínquo ano de 1972 elegia-se pela primeira vez para o cargo de vereador do município de Itabaiana, por meio do voto direto e secreto, Edilson Andrade, para o seu mandato de quatro anos.
O que parecia ser uma estréia e um assento de forma passageira na câmara municipal em uma única legislatura, para surpresa de muitos, a solenidade de posse repetiu-se por mais seis mandatos, vindo a totalizar sete mandatos ininterruptos. Esse recorde permanece até os dias atuais , e fica cada vez mais fica difícil superá-lo. Durante esse período somente se afastou por dois anos para cumprir uma parte do mandato de eleição tumultuada por conta da nulidade de diplomação de D. Dida, eleita no ano de 1982, mas considerada inelegível posteriormente, decisão que quase custou a vida do magistrado da sentença, Dr. Reginaldo Oliveira.
Já virou clichê se afirmar que o cidadão na reside na União, nem no Estado, mas no município. Daí a importância do vereador, esse parlamentar mirim, imbuído de legislar em favor dos munícipes, seja na elaboração da lei orgânica, seja na apresentação de projetos de lei os mais diversos, desde que voltados para o interesse local.
Por exerce o múnus público no município, o vereador é o mais sacrificado dos parlamentares, pois geralmente lá reside. Dessa forma, atende diariamente dezenas de pessoas, principalmente os carentes, que pedem desde uma cesta básica, passando por compra de medicamentos e o tão sonhado emprego.
Durante o longo mandato de vereador, Edilson Andrade, essa figura simples, carismática e humilde, foi de grande importância no contexto comunitário de uma Itabaiana romântica, principalmente em favor daqueles mais carentes. Perfeição? Não existe. Defeitos? Todos têm. Virtudes? Também. Se colocar na balança, os pontos fortes superam os fracos, pelo que representou para seus eleitores e os destinos da rainha do vale do Paraíba.
Eu sei que não é fácil permanecer no parlamento durante todo esse tempo. Haja tanto aperto de mão, tapinhas nas costas, bom humor, sempre, além de um assistencialismo desmesurado. Não se pode deixar de frisar a importância que o vereador detém na preservação do estado democrático e na formulação sócio-política da comunidade em que vive. Mesmo porque a câmara municipal, quando bem conduzida, é a verdadeira caixa de ressonância dos municípios diante dos prefeitos, governadores e do presidente da república.
Com todos esses atributos de um homem público, Edilson é o cara, merece essa justa homenagem e um lugar de destaque na galeria dos que se dedicaram tanto tempo à política, saíram de cena com a cabeça erguida, sem mácula, o que é raro, devido à rigorosa crítica que vem sofrendo a classe política ao longo do tempo.
Joacir Avelino Silva
Fábio Mozart
Recebi o texto abaixo do amigo itabaianense Joacir Avelino, que repasso para meus dois ou três leitores. Atualmente Joacir mora em Maceió, Alagoas, onde atua como delegado da Polícia Federal.
"No longínquo ano de 1972 elegia-se pela primeira vez para o cargo de vereador do município de Itabaiana, por meio do voto direto e secreto, Edilson Andrade, para o seu mandato de quatro anos.
O que parecia ser uma estréia e um assento de forma passageira na câmara municipal em uma única legislatura, para surpresa de muitos, a solenidade de posse repetiu-se por mais seis mandatos, vindo a totalizar sete mandatos ininterruptos. Esse recorde permanece até os dias atuais , e fica cada vez mais fica difícil superá-lo. Durante esse período somente se afastou por dois anos para cumprir uma parte do mandato de eleição tumultuada por conta da nulidade de diplomação de D. Dida, eleita no ano de 1982, mas considerada inelegível posteriormente, decisão que quase custou a vida do magistrado da sentença, Dr. Reginaldo Oliveira.
Já virou clichê se afirmar que o cidadão na reside na União, nem no Estado, mas no município. Daí a importância do vereador, esse parlamentar mirim, imbuído de legislar em favor dos munícipes, seja na elaboração da lei orgânica, seja na apresentação de projetos de lei os mais diversos, desde que voltados para o interesse local.
Por exerce o múnus público no município, o vereador é o mais sacrificado dos parlamentares, pois geralmente lá reside. Dessa forma, atende diariamente dezenas de pessoas, principalmente os carentes, que pedem desde uma cesta básica, passando por compra de medicamentos e o tão sonhado emprego.
Durante o longo mandato de vereador, Edilson Andrade, essa figura simples, carismática e humilde, foi de grande importância no contexto comunitário de uma Itabaiana romântica, principalmente em favor daqueles mais carentes. Perfeição? Não existe. Defeitos? Todos têm. Virtudes? Também. Se colocar na balança, os pontos fortes superam os fracos, pelo que representou para seus eleitores e os destinos da rainha do vale do Paraíba.
Eu sei que não é fácil permanecer no parlamento durante todo esse tempo. Haja tanto aperto de mão, tapinhas nas costas, bom humor, sempre, além de um assistencialismo desmesurado. Não se pode deixar de frisar a importância que o vereador detém na preservação do estado democrático e na formulação sócio-política da comunidade em que vive. Mesmo porque a câmara municipal, quando bem conduzida, é a verdadeira caixa de ressonância dos municípios diante dos prefeitos, governadores e do presidente da república.
Com todos esses atributos de um homem público, Edilson é o cara, merece essa justa homenagem e um lugar de destaque na galeria dos que se dedicaram tanto tempo à política, saíram de cena com a cabeça erguida, sem mácula, o que é raro, devido à rigorosa crítica que vem sofrendo a classe política ao longo do tempo.
Joacir Avelino Silva
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