sábado, 4 de julho de 2009

A TRAJETÓRIA DE UM CORRUPTO BRASILEIRO.

Na raiz do poder
Entre o público e o privado, ele fez a família, os amigos e o estilo político.

Acompanhado de um casal de amigos, José Sarney descansava com a mulher na casa da família em Búzios, no litoral do Rio. Inesperadamente, colocou a mão sobre o abdômen e falou em voz alta. - Marly, estou sentindo uma coisa estranha aqui. Acho que a Roseana está com algum problema.

Um quarto de hora depois, o telefone tocou. Do Maranhão, a filha informava que estava com uma forte dor no intestino e iria a São Paulo para realizar exames médicos. Essa quase mítica relação umbilical entre os dois talvez só tenha correspondência na intimidade do clã com o governo, ou qualquer outra representação do poder público. A simbiose entre Sarney e Roseana resultou frequentemente na solução de desafios políticos, como na hora em que ele precisou fazer dela sua sucessora no Maranhão. Mas a interação familiar com o aparelho do Estado, se por cinco décadas serviu a três gerações dos Sarney, está, agora, na origem dos problemas que fustigam a biografia do presidente do Senado.

José Sarney paga hoje o preço de, ao contrário de outros oligarcas estaduais, não ter conseguido transferir, do público para o privado, a influência e o poder obtidos na política. Seu maior empreendimento é o Sistema Mirante de Comunicação, formado por uma rede regional de tevê (cuja operação começou quando ele era presidente), um jornal e 18 rádios, no qual a publicidade oficial responde por cerca de 20% do faturamento total.

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