É de “espionagem” agora o clima de campanha instalado no Estado, depois que o Secretário de Segurança e Defesa Social, Gustavo Gominho, confirmou a existência de um super software, capaz de captar e gravar 760 escutas telefônicas simultaneamente. O aparelho, denominado o “Guardião”, é utilizado para rastrear conversas de criminosos comuns. Porém, com essa revelação sobre a capacidade de intromissão do “Guardião” na vida alheia, Gominho reforça as suspeitas de que, autoridades estaduais estariam sendo “grampeadas”, entre elas, o prefeito da capital, Ricardo Coutinho (PSB) e o presidente da Assembléia Legislativa, Artur Cunha Lima (PSDB).Nesse cenário de filmes de espionagem bem ao estilo James Bond tudo passa a ser possível e empresas especializadas em varreduras já estão sendo contratadas pelas partes que se sentem prejudicadas e ameaçadas por tão possante adversário.
O “Guardião” entra na história política recente do Estado como o mais novo “cabo eleitoral” capaz de devassar a intimidade dos adversários antecipando manobras e revelando segredos mantidos a sete chaves, como a conversa entre Ronaldo Cunha Lima e o prefeito da capital Ricardo Coutinho.
A confirmação da existência do Guardião causou pavor nos adversário do governador José Maranhão. Um dos mais destacados auxiliares do prefeito Ricardo Coutinho ao ter a confirmação do aparelho e a extensão da sua capacidade de bisbilhotar, não escondeu seu temor: “Danou-se! Estamos lascados!”. Ele não tem mais dúvida quanto à quebra do sigilo telefônico do prefeito feito de forma ilegal.
Mas não é só o “Guardião” que causa pavor ao PSB e ao PSDB. Os dois partidos têm conhecimento que, na esfera da Segurança Pública estadual tem profissionais da área de comunicação com especialização superior e com vasta experiência em escuta telefônica.
Eles já receberam informes de que, o Governo dispõe de autoridades no setor de espionagem com cursos de especializações em instituições das mais reputadas no país e no exterior. E que esses profissionais ocupam cargos de confiança no Governo.
Diante dessa nova realidade imposta pelo avanço da tecnologia e de provas concretas de que, a intimidade dos gabinetes está sendo devassada, auxiliares do prefeito estudam a possibilidade de solicitar a interferência dos escalões superiores da comunidade de informação em Brasília.
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