sábado, 6 de fevereiro de 2010

MAIS UM QUE MARANHÃO SALVOU?

Dr. Elsinho: tudo indo bem na Justiça Eleitoral.

Neo "maranhista", Élson Cunha Lima tem recurso contra cassação acatado pelo Ministério Público Eleitoral...

No final de janeiro, o prefeito de Areia, Élson Cunha Lima (DEM), o Dr. Elsinho, como é mais conhecido, obteve duas vitórias na Justiça Eleitoral. Cassado sob acusação de contratar servidores em período eleitoral, Elsinho recebeu parecer favorável do procurador geral eleitoral na Paraíba, Werton Magalhães, a recurso que impetrou contra decisão do juiz que cassou seu diploma em junho de 2009.

No mesmo dia, em que recebeu a notícia do parecer favorável ao seu recurso junto ao Tribunal Regional Eleitoral, Elsinho também comemorou parecer do procurador contra recurso movido pela coligação adversária em processo que o prefeito havia sido absolvido em primeira instância.

Em suma, o Ministério Público Eleitoral acatou recurso de Elsinho no TRE em processo que ele foi cassado na primeira instância e rejeitou recurso da oposição em processo que o prefeito foi absolvido em primeira instância.

O caso de Areia é um dos mais citados na discussão que se instalou na Paraíba sobre suposto uso do Poder Judiciário pelo governador José Maranhão (PMDB) para cooptar prefeitos.

Adversário de Elsinho, o ex-deputado Tião Gomes, aliado de Maranhão, chegou a dizer na época da adesão do prefeito que ele só havia se engajado ao esquema do governador para se livrar dos processos na Justiça.

Verdade ou não, o fato é que Dr. Elsinho,ex-aliado do grupo Cunha Lima, só tem registrado boas notícias desde então.

Entenda o caso

Reeleito em 2008 com mais de seis mil votos, Élson Cunha Lima (DEM) foi cassado em junho de 2009 acusado de contratar mais de 60 prestadores de serviços no período vedado pela legislação eleitoral, entre eles uma senhora aposentada de 79 anos que afirmou ao juiz da Comarca que nunca prestou um dia de serviço, mas recebia com digitadora de um programa do Governo Federal porque o prefeito lhe prometera uma ajuda. Outra senhora foi contratada para o lugar do filho, candidato a vereador, em julho. Não dando certa a candidatura, ela teve o contrato rescindido em outubro e o filho voltou à folha da prefeitura. Há, ainda, o caso de duas jovens contratadas no mês de setembro, em plena efervescência da campanha.

O prefeito recorreu da decisão de cassação proferida em junho sob o Recurso Eleitoral 1689/09, que está em tramitação no Tribunal Regional Eleitoral.

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