A chave para entrar no mundo de simplicidade e pureza da poesia de Antonio Costta está contida no texto em prosa delicada e direta que ele próprio escreveu abrindo o seu livro O Juntador de Palavras, saido em segunda edição nessa COLETÂNEA POÉTICA.
Ali ele já demonstra a sua sensibilidade para os rústicos encantos do reino de sua infância, nascido que foi no seio de uma família de humildes, mas honrados agricultores. Os apelos da terra, da natureza, e os mistérios da existência foram desde sempre motivo de encantamento para o menino e de recordação para o poeta. E tudo parece ter começado a partir do momento em que lhe narraram as circunstâncias em que ocorreu a sua chegada nesse mundo de meu Deus.
Ainda não vira a luz do dia, e a sua mãe padecia das piores dores de um parto difícil quando sua avó paterna dá entrada no recinto do quarto e propõe – a queima roupa e em versos concisos – a troca do nome da criança de Fernando, como estava estabelecido, para Antonio que era o do santo do dia. A mãe no auge das dores acolhe imediatamente a simpatia e mesmo arquejando responde também em versos, manifestando a sua aceitação. E o milagre se consumou: o menino saltou para a vida no maior berreiro, mas são e salvo para alegria de todos. Foi assim que Antonio veio ao mundo sob o signo da poesia e poeta haveria de ser.
E Antonio cresceu e se entendeu de gente em comunhão profunda com a paisagem a seu redor, em meio às gentes do povo, na dura faina da roça, na escola da velha palmatória, nas festas religiosas, nas procissões e nas cheias do rio Paraíba do Norte que banha a sua Pilar natal – vivendo o mesmo mundo que marcou a vida e a obra do grande José Lins do Rego, seu conterrâneo.
Foi esse repositório de sensações e lembranças que tem virado matéria prima para a produção lírica de Antonio Costta., agora acrescida da temática de fundo religioso, depois de sua conversão ao evangelho, como atestam os poemas de Poesia Cristã ( 2008). Em Itabaiana, no convívio estimulante com o mestre Jessier Quirino, Tereza Queiroga, Fábio Mozart e Ricardo Aguiar, entre outros, ele segue se exercitando no aprendizado literário, sabendo como é dura a lida no trato com as palavras, porque como disse Carlos Drummnond de Andrade, “lutar com as palavras / é a luta mais vã/ entretanto lutamos/ mal rompe a manhã”.
Esse é o seu desígnio, seu mister e galardão.
VLADIMIR CARVALHO
Ali ele já demonstra a sua sensibilidade para os rústicos encantos do reino de sua infância, nascido que foi no seio de uma família de humildes, mas honrados agricultores. Os apelos da terra, da natureza, e os mistérios da existência foram desde sempre motivo de encantamento para o menino e de recordação para o poeta. E tudo parece ter começado a partir do momento em que lhe narraram as circunstâncias em que ocorreu a sua chegada nesse mundo de meu Deus.
Ainda não vira a luz do dia, e a sua mãe padecia das piores dores de um parto difícil quando sua avó paterna dá entrada no recinto do quarto e propõe – a queima roupa e em versos concisos – a troca do nome da criança de Fernando, como estava estabelecido, para Antonio que era o do santo do dia. A mãe no auge das dores acolhe imediatamente a simpatia e mesmo arquejando responde também em versos, manifestando a sua aceitação. E o milagre se consumou: o menino saltou para a vida no maior berreiro, mas são e salvo para alegria de todos. Foi assim que Antonio veio ao mundo sob o signo da poesia e poeta haveria de ser.
E Antonio cresceu e se entendeu de gente em comunhão profunda com a paisagem a seu redor, em meio às gentes do povo, na dura faina da roça, na escola da velha palmatória, nas festas religiosas, nas procissões e nas cheias do rio Paraíba do Norte que banha a sua Pilar natal – vivendo o mesmo mundo que marcou a vida e a obra do grande José Lins do Rego, seu conterrâneo.
Foi esse repositório de sensações e lembranças que tem virado matéria prima para a produção lírica de Antonio Costta., agora acrescida da temática de fundo religioso, depois de sua conversão ao evangelho, como atestam os poemas de Poesia Cristã ( 2008). Em Itabaiana, no convívio estimulante com o mestre Jessier Quirino, Tereza Queiroga, Fábio Mozart e Ricardo Aguiar, entre outros, ele segue se exercitando no aprendizado literário, sabendo como é dura a lida no trato com as palavras, porque como disse Carlos Drummnond de Andrade, “lutar com as palavras / é a luta mais vã/ entretanto lutamos/ mal rompe a manhã”.
Esse é o seu desígnio, seu mister e galardão.
VLADIMIR CARVALHO
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