sábado, 3 de outubro de 2009

Desembargador revela influência político-partidária no TJ

O entrevistado do Imprensado desta semana é uma das personalidades mais polêmicas da Paraíba: o desembargador Romero Marcelo, uma espécie de Dom Quixote contemporâneo com direito a voz e voto no Pleno do Tribunal de Justiça do Estado. Para se ter uma idéia de suas “quixotices”, no seu discurso de posse no Tribunal de Justiça do Estado, tratou logo de avisar: “Tomo remédios de tarja preta...”.

Aquilo, explicou, “foi uma resposta, porque as pessoas que dizem o que pensam, que enfrentam o sistema, são taxadas de doidas. A última taxação que recebi no tribunal foi a de ‘romântico’. Vai falar o romântico, anunciaram quando eu ia votar (no Pleno). Eu sou romântico, acredito na verdade. Sou romântico e me orgulho disso. Mas o romântico aí é o besta, o otário, o lunático”.

Romero Marcelo é do tipo que não mede palavras nem gestos para sublinhar a firmeza de suas convicções. Por ocasião da votação para escolha do novo desembargador do TJ, depois de todos haverem dito que jamais foram procurados por políticos interessados em defender um postulante ao cargo, ele disparou: “Pois eu fui”. E garante que a política partidária procura influenciar diretamente nas eleições no TJ paraibano.

Na entrevista ao Imprensado, o desembargador conta que foi exonerado do cargo de delegado da Polícia Civil em decorrência da “politicagem” no Governo Tarcísio Burity, um episódio que lhe custou muito caro ao longo da vida; admite que na Justiça ocorram disputas desleais, com puxada de tapete; (GRANDE NOVIDADE)

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