Não é apenas a seleção que vai mal na Argentina.
A falta de dinheiro atrasou o início do campeonato
nacional e Cristina fez o mais inusitado: estatizou
as transmissões pela TV
A falta de dinheiro atrasou o início do campeonato
nacional e Cristina fez o mais inusitado: estatizou
as transmissões pela TV
As seleções do Brasil e da Argentina se enfrentam pelas eliminatórias da Copa do Mundo no próximo sábado, 5, em Rosário, no interior do país vizinho. O time do técnico Dunga é o líder da competição na América do Sul. Já a equipe de Diego Maradona amarga a última posição na zona de classificação do torneio. Ainda que o placar de um único jogo – sobretudo do principal clássico sul-americano – seja sempre imprevisível, a explicação para a diferença no histórico recente das duas equipes pode estar nos campeonatos nacionais, a primeira escala dos candidatos a integrar uma seleção. Aí, o Brasil dá de goleada. Uma enorme crise obrigou a Associação de Futebol Argentino (AFA) a adiar o início do campeonato nacional em uma semana. O motivo foi a impossibilidade de os clubes saldarem suas dívidas com o Fisco, com os jogadores e com os outros clubes. O campeonato finalmente começou na segunda metade de agosto – mas a confusão está longe de ser resolvida. Para piorar o clima caótico, a presidente Cristina Kirchner entrou em campo com uma jogada populista. Com o apoio do cartola-chefe da AFA, Julio Grondona, ela simplesmente estatizou as transmissões das partidas pela televisão. O governo vai pagar o dobro do que pagava o antigo proprietário dos direitos de transmissão. O dinheiro extra, que será um alívio para os clubes, também significa um afago eleitoreiro nas torcidas. Não é só aí que Cristina quer sair ganhando. Ela também dá uma rasteira no grupo Clarín, que faz oposição e havia dezoito anos tinha os direitos para a TV. A dívida do futebol argentino é menor que a do brasileiro – mas as aparências podem enganar. “A falta de transparência na Argentina é ainda maior do que aqui”, diz Amir Somoggi, da consultoria esportiva Casual Auditores, em São Paulo. “Isso faz suspeitar que a dívida deles pode ser bem maior do que o que é admitido.”
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