sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A TRAGÉDIA DE MARI

Fábio Mozart

fabiomozar@yahoo.com.br

A defesa da propriedade da terra e do poder político que dela emana, historicamente, no Brasil, foi feita na base das armas dos pistoleiros e jagunços, a serviço dos coronéis que, como os senhores feudais, usavam e abusavam da violência, com suas milícias. As milícias dos coronéis no Nordeste do Brasil, tornaram-se uma instituição, usadas, juntamente com a polícia e até o Exército, para combater quem lutava pela terra. Canudos foi um dos primeiros exemplos. Depois, na época da ditadura, as Ligas Camponesas foram combatidas da mesma maneira.

No dia 15 de janeiro de 1963, deu-se o mais grave choque entre trabalhadores rurais, polícia e milícias armadas do latifúndio. Foi no município de Mari, distante 10 quilômetros de Sapé, onde pontificavam os conflitos entre camponeses e latifundiários, estes últimos cognominados “grupo da Várzea”, formados por usineiros e plantadores de cana da várzea do rio Paraíba.

O jornalista Nelson Coelho foi testemunha ocular do episódio, e conta todos os detalhes no livro “A Tragédia de Mari”. O livro tem prefácio de Dom Antonio Fragoso. Uma frase do bispo: “Um povo vai sendo construído quando resgata a memória do seu passado”.

Resumindo, os trabalhadores rurais estavam se organizando em seus sindicatos, e resolveram realizar mutirões para plantar milho e feijão, já que o inverno de 1963 prenunciava ser favorável. Os camponeses visitavam as fazendas, convidando os companheiros para esses mutirões para o preparo das terras férteis. Isso incomodava os conservadores proprietários, preocupados com a união dos trabalhadores.

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