quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Médicos do Hospital Regional de Guarabira suspendem cirurgias eletivas.

Os médicos do Hospital Regional de Guarabira, Complexo de Saúde Antônio Paulino Filho, resolveram paralisar as cirurgias eletivas (que não são de urgência ou emergência) e as consultas ambulatoriais de Mastologia, Cirurgia Geral e Urologia por tempo indeterminado. A medida foi tomada em resposta à portaria 709, da Secretaria de Saúde do Estado, que reduziu o percentual pago aos médicos como incentivo do Serviço Profissional.

A partir desta quinta-feira (26), só serão realizadas as cirurgias de emergência até que a o Estado solucione a situação. Mensalmente, o hospital efetua 80 cirurgias em pacientes da região.

Os profissionais expuseram as razões da medida extrema em uma nota encaminhada à direção do hospital, ao Ministério Público, à Secretaria de Saúde e ao Conselho Regional de Medicina. Além dos problemas salariais, eles querem saber o motivo da administração ainda não ter implantado os serviços de Hemodiálise, a Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal, além de outras melhorias de estrutura física e assistencial que já teriam sido solicitadas durante visitas do secretário de Saúde, José Maria de França, ao hospital.

Como exemplo do impacto que a portaria 709 causaria na remuneração, os médicos citam uma cirurgia de Histerectomia Total. Atualmente, o SUS paga R$ 221,71 a toda a equipe médica (1º cirurgião, auxiliar e anestesista). Caso se aplique a portaria, segundo os médicos, este valor cairia para aproximadamente R$ 44. Descontando os impostos, chegaria a R$ 30 para dividir com a equipe.

“Questionamos se é justo que um profissional que assume tal responsabilidade deve ser remunerado desta forma”, comentam os médicos na carta entregue aos órgãos responsáveis.

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