domingo, 19 de julho de 2009

Luís Tôrres - Consórcio estadual dos excluídos

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Não sejamos hipócritas. Num estado que vive neste estado de pura divisão política, o difícil é ser governador e não perseguir. Não se trata de apologia à perseguição, que somente penaliza inocentes. Mas de constatação. Quem assume o governo, tem metade de prefeitos aliados e a outra metade de inimigos.

Quem são os beneficiados? Claro que os primeiros. O caso não pode chegar, que perdoe-nos Maquivael, ao nível, no entanto, de que se mexa no que já foi conquistado.

Uma coisa é dar mais para um do que para o outro em razões das conveniências políticas. Somente isso uma prática condenável. Mas o pior é extrair, minguar, sugar do município apenas porque o prefeito é “de outra banda”.

São graves as denúncias de retirada de ambulâncias, de inviabilização de transportes escolares, de exoneração de servidores em razão de questões políticas locais.

Essa é uma tônica que vem ganhando força no atual governo e que, do ponto de vista política, pode se transformar numa excelente bandeira para o prefeito Ricardo Coutinho e para o senador Cícero Lucena, ambos predispostos a assumir o governo do Estado.

Não estaria na hora de se construir uma grande corrente de prefeitos excluídos do governo Maranhão a fim de que a reivindicação de muitos ganhe mais força? E de que a população não seja mais massacrada pela questão política?

Quem sabe a criação de uma espécie de consórcio estadual dos excluídos, como se ensaiou, pelas mãos do deputado Quinto de Santa Rita, durante debate do empréstimo de R$ 191 milhões na Assembléia.

Neste caso, o próprio prefeito Ricardo Coutinho, que se sensibilizou com a situação de Pombal, tem o maior das caixas de ressonância para comandar essa caravana. Pois ele próprio se diz vítima do que classificou de “total ausência do Estado em João Pessoa”.

Eis aí um bom debate a ser travado a fim de que esta campanha eleitoral antecipada na Paraíba renda muito mais do que quilometragem de carro.

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