Itabaiana diz não a Sivuca
Fábio Mozart
Recebo a visita do meu amigo João Neto, do DER, e sua esposa Dalva. O casal foi meu vizinho em Itabaiana, no conjunto Costa e Silva, rua Araré Duarte do Amaral. Alguém sabe quem foi Araré?
João trouxe a notícia de que uma rádio da cidade promoveu enquête para saber a opinião da população sobre o memorial de Sivuca, obra potencialmente polêmica devido a mesquinharia política, briga de família e ignorância geral. Ao que parece, o povo de Itabaiana não quer o memorial de Sivuca em sua terra natal. Em cerca de dez ligações telefônicas, apenas dois ouvintes, por sinal parentes do mestre, mostraram-se favoráveis a que o memorial seja estabelecido na cidade.
É razoável que o povo decida onde e como aplicar o dinheiro público. O memorial será construído com verba da prefeitura, do Estado e do Ministério da Cultura. Nada é sagrado, nem mesmo a memória de um dos maiores músicos do planeta. O que não é razoável é a alienação e a estupidez que leva uma jovem a ligar para a rádio defendendo um memorial, mas de Michael Jackson. Outro justificou sua opinião contrária à homenagem a Sivuca porque, segundo ele, o músico falava mal de sua terra, “lugar de gente ruim e ladrão de cavalo.”
O tema tem o poder de suscitar uma disposição emotiva da opinião pública, porque leva o tempero da politicalha local. Fala-se à boca miúda e graúda que o adversário da prefeita dona Dida, amigo do governador Maranhão, mexe os pauzinhos para “melar” o memorial em Itabaiana, justamente para não dar prestígio à chefe do Executivo local. Vendo de longe esse debate, só posso lastimar o encaminhamento equivocado que se está dando ao caso. Existe uma atividade chamada turismo cultural, que leva pessoas a vivenciarem o patrimônio histórico e cultural de um lugar.
Um objeto de visitação como o memorial de Sivuca certamente atrairá turistas do mundo todo. Sai beneficiado o turista e o morador da localidade, que terá um desenvolvimento econômico considerável, proporcionando emprego e geração de renda. Jogar isso pela janela porque “Sivuca não gostava de sua terra” ou porque vai servir de vitrine política para quem quer que seja, desculpem os itabaianenses, é pura estupidez.
Fábio Mozart
Recebo a visita do meu amigo João Neto, do DER, e sua esposa Dalva. O casal foi meu vizinho em Itabaiana, no conjunto Costa e Silva, rua Araré Duarte do Amaral. Alguém sabe quem foi Araré?
João trouxe a notícia de que uma rádio da cidade promoveu enquête para saber a opinião da população sobre o memorial de Sivuca, obra potencialmente polêmica devido a mesquinharia política, briga de família e ignorância geral. Ao que parece, o povo de Itabaiana não quer o memorial de Sivuca em sua terra natal. Em cerca de dez ligações telefônicas, apenas dois ouvintes, por sinal parentes do mestre, mostraram-se favoráveis a que o memorial seja estabelecido na cidade.
É razoável que o povo decida onde e como aplicar o dinheiro público. O memorial será construído com verba da prefeitura, do Estado e do Ministério da Cultura. Nada é sagrado, nem mesmo a memória de um dos maiores músicos do planeta. O que não é razoável é a alienação e a estupidez que leva uma jovem a ligar para a rádio defendendo um memorial, mas de Michael Jackson. Outro justificou sua opinião contrária à homenagem a Sivuca porque, segundo ele, o músico falava mal de sua terra, “lugar de gente ruim e ladrão de cavalo.”
O tema tem o poder de suscitar uma disposição emotiva da opinião pública, porque leva o tempero da politicalha local. Fala-se à boca miúda e graúda que o adversário da prefeita dona Dida, amigo do governador Maranhão, mexe os pauzinhos para “melar” o memorial em Itabaiana, justamente para não dar prestígio à chefe do Executivo local. Vendo de longe esse debate, só posso lastimar o encaminhamento equivocado que se está dando ao caso. Existe uma atividade chamada turismo cultural, que leva pessoas a vivenciarem o patrimônio histórico e cultural de um lugar.
Um objeto de visitação como o memorial de Sivuca certamente atrairá turistas do mundo todo. Sai beneficiado o turista e o morador da localidade, que terá um desenvolvimento econômico considerável, proporcionando emprego e geração de renda. Jogar isso pela janela porque “Sivuca não gostava de sua terra” ou porque vai servir de vitrine política para quem quer que seja, desculpem os itabaianenses, é pura estupidez.
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