domingo, 3 de janeiro de 2010

Jogos Escolares: prestadores de serviço levam calote do Governo do Estado.

Pessoal da cozinha trabalhou com afinco, mas não recebeu do Governo...

O ano de 2010 não começou bem para o Governador José Maranhão. Depois de ser acusado de praticar crime eleitoral pelo vereador da capital Bruno Farias (PPS), agora vem uma denúncia do interior a respeito de calote passado em pessoas que prestaram serviço a Secretaria de Esporte e Juventude durante os jogos escolares do ano passado e que, até agora não receberam o equivalente a nove dias de trabalho.

Revoltadas, elas pretendem vir a João Pessoa para cobrar a dívida pessoalmente ao secretário coronel Francisco. Os prejudicados pelo calote do Governo compõem um grupo de 15 cozinheiros e cozinheiras contratado para receber diárias de R$ 100 ainda em outubro.

Aproximadamente 15 cozinheiras e cozinheiros, que trabalharam para a secretaria estadual de esporte e juventude, procuraram nossa reportagem para denunciar que não receberam as diárias por 9 dias de serviços, prestados no mês de outubro, em Patos, no ginásio Coreolano Medeiros, em virtude da realização dos jogos escolares do Estado da Paraíba.

Da cidade de Juazeirinho, 4 pessoas foram deslocadas para a capital do Sertão com a promessa de receberem diárias de R$ 100 para cozinharem para centenas de participantes do evento.
“Trabalhamos como loucas. Tomávamos banho com um pouco de água mineral, porque nas torneiras não havia água. Dormíamos mal acomodados. Suportamos tudo isso porque pensávamos que íamos receber assim que terminasse os jogos, conforme prometido. Ledo engano”, lamenta-se uma das cozinheiras.
Ela culpa uma professora de educação física de nome Dênia, que mora em João Pessoa e teria contratado as 15 pessoas em nome do secretário estadual de esporte e juventude, coronel Francisco de Assis.

“Essa Dênia foi quem colocou a gente para trabalhar. Na hora de nos pagar, ela veio com outra conversa e só pagou uma parte do dinheiro”, afirma outro rapaz, que trabalhou como cozinheiro. Segundo ele, dos R$ 900 que cada uma das 15 pessoas iriam receber, só foram pagos R$ 450 a uns e R$ 300 a outros, com a promessa do restante da dívida ser quitada na semana seguinte.
Mas o tempo foi passando e já estamos em janeiro de 2010 e nada de dinheiro, fato que vem preocupando os prestadores de serviços.

“Sai de casa no sacrifício, pois deixei meus filhos com minha mãe, que tem seus afazeres mas cuidou dos meninos para que eu ganhasse esses trocadinho extra. Porem não recebi. Isso é ruim demais. O Governo do Estado tem condições de pagar e não paga, prejudicando pais e mães de famílias, que deram o sangue para que os jogos acontecessem e rendessem dividendos”, diz uma contrariada cozinheira.

Outra cozinheira mais afoita, salta e diz: “Vamos nos reunir para protestarmos lá em João Pessoa, no gabinete do coronel Francisco de Assis. Ele não devia fazer isso conosco, não. Na época de Cássio Cunha Lima, a gente recebia assim que terminava o evento. E olha que as diárias eram mais caras. Agora, além de baixarem o preço e nos sobrecarregarem, não pagam”, detona.

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