Fábio Mozart
Recebi mensagem do poeta e escritor Rui Vieira, de Campina Grande, autor do livro Baú de Putaria. Disse que leu e gostou do meu cordel “Biu de Pacatuba, um herói do nosso tempo”, que fala da vida de um camponês de Sapé, lutador pelos direitos dos agricultores sem terra e perseguidos pelos latifundiários. Pacatuba foi o primeiro presidente das Ligas Camponesas de Sapé.
Rui quer me dar uma força, aliás, já deu. Botou o cordel debaixo do braço e foi falar com seu amigo Nelson Coelho, superintendente da União Editora. Nelson é estudioso dos conflitos agrários na várzea do Paraíba na década de 60, sendo autor do livro “A tragédia de Mari”, sobre uma batalha sangrenta entre fazendeiros e camponeses em terras marienses. Pediu a Nelson para publicar o cordel. “Ele se prontificou a publicar seu trabalho”, informou Rui.
Melhor notícia não há nesse final de ano. A cada dia que passa a gente ganha uma coisa e perde outra. Sou do tipo que gosta de contabilizar os créditos e não os débitos, como naquele comercial de banco. As coisas ruins, bota no baú dos esquecidos.
Rui Vieira está trabalhando no “Dicionário Temático da Poesia Popular Nordestina”, que já vai bem adiantado. “Gostaria de registrar seu trabalho poético na área de cordel”, me disse o putanheiro de Campina Grande. Com o perdão pela expressão chula, isso não é da gente ficar mais arreganhado do que furico de galinha na hora da postura? Ainda nem comecei direito minha vida de escrevinhador de cordel e já viro verbete de dicionário. Sem querer me comparar, lembro que o poeta cordelista Paulo Nunes Batista, que nasceu em João Pessoa em 1924, teve seus textos poéticos traduzidos até para o japonês, com seu nome citado na Grande Enciclopédia Delta Larousse. Foi ele o autor do folheto “As proezas de João Grilo”, que inspirou Ariano Suassuna para escrever a peça “A Compadecida”.
Meu compadre Rui Vieira, agradeço tua força, saudações poéticas e que 2010 seja o ano da definitiva redenção do cordel, que ainda é desvalorizado. Os elitistas nem desconfiam que a literatura de cordel tem origens eruditas, na literatura medieval dos trovadores albigens provençais, na França.
Recebi mensagem do poeta e escritor Rui Vieira, de Campina Grande, autor do livro Baú de Putaria. Disse que leu e gostou do meu cordel “Biu de Pacatuba, um herói do nosso tempo”, que fala da vida de um camponês de Sapé, lutador pelos direitos dos agricultores sem terra e perseguidos pelos latifundiários. Pacatuba foi o primeiro presidente das Ligas Camponesas de Sapé.
Rui quer me dar uma força, aliás, já deu. Botou o cordel debaixo do braço e foi falar com seu amigo Nelson Coelho, superintendente da União Editora. Nelson é estudioso dos conflitos agrários na várzea do Paraíba na década de 60, sendo autor do livro “A tragédia de Mari”, sobre uma batalha sangrenta entre fazendeiros e camponeses em terras marienses. Pediu a Nelson para publicar o cordel. “Ele se prontificou a publicar seu trabalho”, informou Rui.
Melhor notícia não há nesse final de ano. A cada dia que passa a gente ganha uma coisa e perde outra. Sou do tipo que gosta de contabilizar os créditos e não os débitos, como naquele comercial de banco. As coisas ruins, bota no baú dos esquecidos.
Rui Vieira está trabalhando no “Dicionário Temático da Poesia Popular Nordestina”, que já vai bem adiantado. “Gostaria de registrar seu trabalho poético na área de cordel”, me disse o putanheiro de Campina Grande. Com o perdão pela expressão chula, isso não é da gente ficar mais arreganhado do que furico de galinha na hora da postura? Ainda nem comecei direito minha vida de escrevinhador de cordel e já viro verbete de dicionário. Sem querer me comparar, lembro que o poeta cordelista Paulo Nunes Batista, que nasceu em João Pessoa em 1924, teve seus textos poéticos traduzidos até para o japonês, com seu nome citado na Grande Enciclopédia Delta Larousse. Foi ele o autor do folheto “As proezas de João Grilo”, que inspirou Ariano Suassuna para escrever a peça “A Compadecida”.
Meu compadre Rui Vieira, agradeço tua força, saudações poéticas e que 2010 seja o ano da definitiva redenção do cordel, que ainda é desvalorizado. Os elitistas nem desconfiam que a literatura de cordel tem origens eruditas, na literatura medieval dos trovadores albigens provençais, na França.
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