Fábio Mozart
O poeta Augusto dos Anjos vivia num estado patológico entre a pneumonia e a tuberculose. Morreu em Minas Gerais, com os pulmões furados. Se vivesse hoje e pobre fosse, teria as mesmas chances de morrer, apesar do Sistema Único de Saúde, o maior plano de saúde universal do planeta terra. Grande e desorganizado.
O inferno dos infernos é ficar doente no Brasil. Morre-se nas calçadas, esperando atendimento. Dorme-se nas calçadas ou se compra uma vaga nas imensas filas para ter um atendimento indigno ou tentar um exame médico.
Isso todo mundo sabe. Tem-se consciência também de que, sem o SUS, o Brasil viveria um inferno sanitário. A Constituição de 1988 mudou o modelo da saúde no Brasil. Antes, saúde pública era apenas para os incluídos. Os indigentes ou mesmo quem não colaborava com o Inamps (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social) não podia ser atendido pelos órgãos públicos. Ficavam na mão dos particulares ou das fundações filantrópicas. O SUS universalizou o atendimento.
O problema da saúde pública no Brasil está no próprio cidadão. Na falta de consciência por parte da população que não cobra, não se organiza para exigir seus direitos, não fiscaliza. Fui membro do Conselho de Saúde de uma cidadezinha na Paraíba, representando os usuários. Como nas reuniões procurava me informar sobre as contas públicas, os projetos da área de saúde, fui paulatinamente marginalizado do Conselho até ser expulso por falta, já que faziam reuniões secretas, sem minha presença. O tamanho do sistema e o tamanho dos problemas do sistema não admitem a indiferença do cidadão. Fiscalizar, propor, fazer parte dos debates e buscar soluções seria o nosso papel, já que somos alvo do sistema e só contamos com ele para atender as famílias pobres.
A sociedade civil ainda não atentou para a importância dos conselhos, desconhece seu papel. Sem a presença efetiva da população, os conselhos não se afirmam como instâncias representativas da sociedade.
O poeta Augusto dos Anjos vivia num estado patológico entre a pneumonia e a tuberculose. Morreu em Minas Gerais, com os pulmões furados. Se vivesse hoje e pobre fosse, teria as mesmas chances de morrer, apesar do Sistema Único de Saúde, o maior plano de saúde universal do planeta terra. Grande e desorganizado.
O inferno dos infernos é ficar doente no Brasil. Morre-se nas calçadas, esperando atendimento. Dorme-se nas calçadas ou se compra uma vaga nas imensas filas para ter um atendimento indigno ou tentar um exame médico.
Isso todo mundo sabe. Tem-se consciência também de que, sem o SUS, o Brasil viveria um inferno sanitário. A Constituição de 1988 mudou o modelo da saúde no Brasil. Antes, saúde pública era apenas para os incluídos. Os indigentes ou mesmo quem não colaborava com o Inamps (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social) não podia ser atendido pelos órgãos públicos. Ficavam na mão dos particulares ou das fundações filantrópicas. O SUS universalizou o atendimento.
O problema da saúde pública no Brasil está no próprio cidadão. Na falta de consciência por parte da população que não cobra, não se organiza para exigir seus direitos, não fiscaliza. Fui membro do Conselho de Saúde de uma cidadezinha na Paraíba, representando os usuários. Como nas reuniões procurava me informar sobre as contas públicas, os projetos da área de saúde, fui paulatinamente marginalizado do Conselho até ser expulso por falta, já que faziam reuniões secretas, sem minha presença. O tamanho do sistema e o tamanho dos problemas do sistema não admitem a indiferença do cidadão. Fiscalizar, propor, fazer parte dos debates e buscar soluções seria o nosso papel, já que somos alvo do sistema e só contamos com ele para atender as famílias pobres.
A sociedade civil ainda não atentou para a importância dos conselhos, desconhece seu papel. Sem a presença efetiva da população, os conselhos não se afirmam como instâncias representativas da sociedade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário