Conheço uma jovem que estudou ciências médicas durante quatro anos na Argentina. Dela me veio o relato de um professor que se recusou a aprová-la em exame oral por causa do seu sotaque brasileiro. Essa mesma moça veio para o Brasil e está praticando sua profissão em alguns hospitais públicos na Paraíba. As notícias agora são de preconceito social, racial, ganância e corrupção entre os profissionais que antigamente eram chamados de “anjos de branco”.
Um desses pequenos contos de horrores: paciente baleado chega a um grande hospital em João Pessoa. A equipe médica não faz os procedimentos de rotina nesses casos. O rapaz é um doente preferencial para morrer, como de fato veio a finar-se. A jovem médica, indagando dos colegas quais os motivos do descaso, soube que a vítima era o que eles chamam de AS, ou “alma sebosa”. Os classificados nessa categoria são pretos, jovens, tatuados, mal vestidos e usando uma sunga. Por que a sunga é sinal de “alma sebosa”? Porque eles, os pretensos marginais, só saem de casa com essa indumentária, que é para não ficarem nus quando forem presos.
A expressão “máfia de branco” foi originalmente criada pelo jornal carioca “O Pasquim”, na década de 70. Nessa época, o jornal publicou uma série de reportagens sobre “as safadezas dos médicos”. No interior, são comuns os casos de assassinatos de velhos e doentes terminais nos hospitais sucateados. Chamam de “chá da meia-noite”. Pode ser o cloreto de sódio dissolvido no soro, ou outro método de homicídio. Sem falar nos enganos fatais, que “erro médico a terra cobre”.
Médico é uma classe igual a todas as outras, com seus bons e maus elementos. Tem seu código de ética e seu órgão disciplinador. Eles se protegem escandalosamente, essa é a controvérsia. Corporativismo que tem botado debaixo do tapete muita nódoa e incorreção envolvendo vidas humanas. Seria o caso da sociedade controlar também a profissão de médico? O Conselho de Medicina só suspende o médico quando a imprensa faz o escândalo. Geralmente são absolvidos. Saúde e sociedade precisam ter um encontro marcado, excluindo-se os conselhos de saúde viciados e incompetentes que proliferam pelo interior.
Um desses pequenos contos de horrores: paciente baleado chega a um grande hospital em João Pessoa. A equipe médica não faz os procedimentos de rotina nesses casos. O rapaz é um doente preferencial para morrer, como de fato veio a finar-se. A jovem médica, indagando dos colegas quais os motivos do descaso, soube que a vítima era o que eles chamam de AS, ou “alma sebosa”. Os classificados nessa categoria são pretos, jovens, tatuados, mal vestidos e usando uma sunga. Por que a sunga é sinal de “alma sebosa”? Porque eles, os pretensos marginais, só saem de casa com essa indumentária, que é para não ficarem nus quando forem presos.
A expressão “máfia de branco” foi originalmente criada pelo jornal carioca “O Pasquim”, na década de 70. Nessa época, o jornal publicou uma série de reportagens sobre “as safadezas dos médicos”. No interior, são comuns os casos de assassinatos de velhos e doentes terminais nos hospitais sucateados. Chamam de “chá da meia-noite”. Pode ser o cloreto de sódio dissolvido no soro, ou outro método de homicídio. Sem falar nos enganos fatais, que “erro médico a terra cobre”.
Médico é uma classe igual a todas as outras, com seus bons e maus elementos. Tem seu código de ética e seu órgão disciplinador. Eles se protegem escandalosamente, essa é a controvérsia. Corporativismo que tem botado debaixo do tapete muita nódoa e incorreção envolvendo vidas humanas. Seria o caso da sociedade controlar também a profissão de médico? O Conselho de Medicina só suspende o médico quando a imprensa faz o escândalo. Geralmente são absolvidos. Saúde e sociedade precisam ter um encontro marcado, excluindo-se os conselhos de saúde viciados e incompetentes que proliferam pelo interior.
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