A truculência geralmente precede a queda. Os seguranças do prefeito Veneziano só agrediram os sindicalistas do SINTAB ontem em uma solenidade no SESC de Campina porque tiveram aval pra agir assim. Rapaz mimado que passou boa parte da vida deitado em uma rede armada à sombra do irmão, Veneziano não admite ser contrariado. Mas agora sua arrogância passou da conta. Acostumado a ganhar tudo no gogó, o prefeito de Campina esbarrou na militância aguerrida dos sindicalistas comandados por Napoleão Maracajá.É que o prefeito prometeu de um tudo para por fim a greve dos professores, mas quase nada cumpriu. E aí os sindicalistas voltaram a aporrinhar, com motivos, o seu juízo.
Acuado pelas categorias que lançam protestos por todos os lados e enlameia sua biografia, o prefeito espalha a mentira de que sua gestão é positiva e, ao cair na real, se depara com protestos como os que mandou reprimir nesta segunda.
Existe duas Campinas convivendo paralelamente: a dos privilegiados que gravitam no primeiro escalão da órbita de Veneziano – onde houve um surto de prosperidade a partir de 2004 -, e o resto da cidade, que padece e se priva de uma boa assistência por parte da PMCG nos segmentos de educação, saúde e infraestrutura.
Já imaginaram se o prefeito montar uma milícia para reprimir quem discordar do seu ponto de vista? Talvez seja por essas e outras que a Câmara não aprova a criação da Guarda Municipal.
Só um detalhe: o diretor jurídico do SINTAB, Franklin Barbosa, foi rebocado com surpreendente violência pelos seguranças de Veneziano para fora do auditório e teve os óculos quebrados. E tudo sob o olhar complacente do prefeito.
Obviamente, o caso foi para em uma degacia, pois violência começa com V.
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