Dilma, no alto do palanque em Belo Horizonte, quer a companhia
de peemedebistas, como os senadores Renan Calheiros e José Sarney
(acima), mas, por enquanto, sem fotos para não prejudicar sua imagem
Dilma Rousseff busca apoio político para sua candidatura
à Presidência da República em partidos envolvidos
em escândalos, como o PMDB, o PR e o PP…
No evangelho político do presidente Lula, se Judas Iscariotes, o apóstolo traidor, fosse brasileiro, Jesus Cristo teria de fazer com ele uma aliança tática para governar. A analogia é estranha, mas deriva de uma receita testada nos últimos anos pelo próprio presidente. Para garantir uma maioria folgada no Congresso, Lula lançou-se nos braços dos fariseus históricos da política brasileira. Dá-lhes cargos, verbas e visibilidade. Em troca, recebe apoio e proteção. Apesar dos escândalos que fraternidades assim estão fadadas a produzir – e já produziram aos borbotões –, os altíssimos índices de popularidade do governo sustentam a convicção oficial de que esse é o caminho certo, o modelo mais apropriado para viabilizar ambiciosos projetos de poder. A ministra Dilma Rousseff, a candidata do governo à sucessão de Lula, já assimilou os ensinamentos do mestre. Nas últimas semanas, ela selou pactos de fidelidade com alguns partidos, entre os quais o PMDB de José Sarney, Renan Calheiros e Jader Barbalho, o PR do mensaleiro Valdemar Costa Neto e do deputado Edmar Moreira, o homem do castelo, e o PP de Paulo Maluf.
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CLIC revistaveja.wordpress.com/2009/10/24/os-judas-da-caravana-da-ministra/
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