sábado, 12 de setembro de 2009

PRÓXIMA SEMANA ELES DECIDEM.

Apesar de ter adotado procedimento questionável até agora, Cássio dá sinais de que não quer romper com Cícero. Quer convencê-lo. Não é à toa que escalou o poeta Ronaldo Cunha Lima para a reunião da próxima semana com o senador tucano.

Amigo de Cícero mais do que Cássio o é, como costuma sugerir alguns, o poeta transborda respeito do grupo. Quando em plena atividade política, era voz corrente a tese de que ninguém resistia a dois minutos de conversa com ele.

Bom de papo, sorriso fácil e jeito despretensioso, Ronaldo Cunha Lima é daquelas figuras políticas que, para odiá-lo, é preciso manter distância.

Assim, é a presença que Cássio precisa para fazer do encontro com Cícero uma reunião de dois irmãos, que precisam ficar juntos, apesar do mundo apresentar-lhes caminhos diferentes.

A Paraíba espera um final trágico para esse imbróglio, e é difícil afastar indícios de que isso pode realmente acontecer. Mas e se ele não vier? Não seria a primeira vez que Cícero diria, amistosamente, “sim” a Ronaldo e a Cássio.

Nada de colocar na mesa quem fez mais pelo outro.Mas o que cada um pode fazer pelo outro daqui pra frente.

Uma atitude tardia, muito tardia, mas inevitável.

É claro que o silêncio e os “poréns” de Cássio durante todo esse processo deram um ar de articulação indecorosa com o prefeito Ricardo Coutinho.

Mas chegou a hora de decidir. E a palavra já não mais pertence a Cássio. Mas ao próprio Cícero.

É ele que vai dizer se o constrangimento do amigo que pede nunca é maior do que o daquele que nega.

Nenhum comentário: