No lugar de dois, o senador Cícero Lucena terá três caminhos a trilhar diante da confirmação, quase que certa, da aliança do ex-governador Cássio Cunha Lima com o prefeito Ricardo Coutinho.
A renúncia seguida de acatamento dos argumentos de Cássio de que a aliança com o mago é a única forma de sobrevivência do grupo é uma delas, apesar de ser a menos provável.
O fato é que renunciar não deve ser um ato descartado. Simplesmente porque Cícero se encaminha, em caso de confirmação da aliança, para o isolamento na disputa ao governo.
Qual a chapa que o senador tucano vai compor se não puder contar com Cássio e Efraim? O pior: quem vai querer sair pro Senado se não vislumbrar em Cícero um candidato competitivo?
Além disso, se pretender manter a candidatura própria ao governo mesmo com a saída de Cássio, o senador tucano pode sofrer uma via crucis interna no PSDB capaz de desgasta-lo politicamente.
A sinalização foi dada pelo deputado Zenóbio Toscano para quem o PSDB deve realizar prévias para definir rumos em caso de desfiliação de Cássio. Uma coisa é perder para Cássio. Outra coisa é perder para o próprio partido.
Claro que Cícero ainda tem a opção de aliar-se a Maranhão no melhor estilo “olho por olho, dente por dente”. É uma vingança interessante, mas não se pode deixar de analisar os efeitos colaterais desse aliança com Maranhão.
Especialmente, se o senador tucano levar em consideração que não terá espaços com o governador do PMDB futuramente, já que o prefeito Veneziano está na vez para suceder Maranhão.
Restaria a Cícero, para fugir do isolamento ou de uma aliança com Maranhão, a renúncia honrosa.
É preciso compreender que Cícero é visto hoje como alguém que quer atrapalhar o projeto do grupo. É o único com mandato garantido após 2010 e isso, ao mesmo tempo que lhe alivia, o retira da condição de vítima do processo.
O apoio a Ricardo Coutinho, que se mostra competitivo para derrotar Maranhão, seria uma forma de sobrevivência política do próprio grupo, que quer eleger mais dois senadores e ainda uma forte bancada federal e estadual.
Nestes termos, ter um candidato a governador que pode levantar candidaturas proporcionais e ao Senado é luxo.
Seria uma troca pragmática, apenas para o presente, mesmo que o futuro seja imprevisível. Ora, o grupo se beneficiaria com a onda Ricardo. E Ricardo se beneficiaria com o apoio do grupo.
O futuro dirá quem terá mais força a partir de 2012.
È bom lembrar que, depois de ser derrotado várias vezes, Antônio Mariz resolveu apoiar Burity em 1986. Resultado: o grupo fez dois senadores e se ficou forte para a eleição de 1990. Quem levou a pior foi Burity que quis dar as costas para o grupo, deixou o PMDB e nunca mais conseguiu ganhar eleição alguma.
Cássio pode até não ter tido coragem de dizer isso encarando Cícero de frente, e aí comete um grande erro, mas pode fazer com que toda a base o faça por ele.
A Cícero caberá a missão de identificar qual o menor dos males a que deve optar.
A renúncia seguida de acatamento dos argumentos de Cássio de que a aliança com o mago é a única forma de sobrevivência do grupo é uma delas, apesar de ser a menos provável.
O fato é que renunciar não deve ser um ato descartado. Simplesmente porque Cícero se encaminha, em caso de confirmação da aliança, para o isolamento na disputa ao governo.
Qual a chapa que o senador tucano vai compor se não puder contar com Cássio e Efraim? O pior: quem vai querer sair pro Senado se não vislumbrar em Cícero um candidato competitivo?
Além disso, se pretender manter a candidatura própria ao governo mesmo com a saída de Cássio, o senador tucano pode sofrer uma via crucis interna no PSDB capaz de desgasta-lo politicamente.
A sinalização foi dada pelo deputado Zenóbio Toscano para quem o PSDB deve realizar prévias para definir rumos em caso de desfiliação de Cássio. Uma coisa é perder para Cássio. Outra coisa é perder para o próprio partido.
Claro que Cícero ainda tem a opção de aliar-se a Maranhão no melhor estilo “olho por olho, dente por dente”. É uma vingança interessante, mas não se pode deixar de analisar os efeitos colaterais desse aliança com Maranhão.
Especialmente, se o senador tucano levar em consideração que não terá espaços com o governador do PMDB futuramente, já que o prefeito Veneziano está na vez para suceder Maranhão.
Restaria a Cícero, para fugir do isolamento ou de uma aliança com Maranhão, a renúncia honrosa.
É preciso compreender que Cícero é visto hoje como alguém que quer atrapalhar o projeto do grupo. É o único com mandato garantido após 2010 e isso, ao mesmo tempo que lhe alivia, o retira da condição de vítima do processo.
O apoio a Ricardo Coutinho, que se mostra competitivo para derrotar Maranhão, seria uma forma de sobrevivência política do próprio grupo, que quer eleger mais dois senadores e ainda uma forte bancada federal e estadual.
Nestes termos, ter um candidato a governador que pode levantar candidaturas proporcionais e ao Senado é luxo.
Seria uma troca pragmática, apenas para o presente, mesmo que o futuro seja imprevisível. Ora, o grupo se beneficiaria com a onda Ricardo. E Ricardo se beneficiaria com o apoio do grupo.
O futuro dirá quem terá mais força a partir de 2012.
È bom lembrar que, depois de ser derrotado várias vezes, Antônio Mariz resolveu apoiar Burity em 1986. Resultado: o grupo fez dois senadores e se ficou forte para a eleição de 1990. Quem levou a pior foi Burity que quis dar as costas para o grupo, deixou o PMDB e nunca mais conseguiu ganhar eleição alguma.
Cássio pode até não ter tido coragem de dizer isso encarando Cícero de frente, e aí comete um grande erro, mas pode fazer com que toda a base o faça por ele.
A Cícero caberá a missão de identificar qual o menor dos males a que deve optar.
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