O governo Maranhão demorou alguns dias para tomar uma decisão. Mas quando tomou, é preciso reconhecer, acertou. A anulação do parecer do então procurador geral do Estado, Marcelo Weick, isentando o Moinho Dias Branco do pagamento de R$ 12 milhões teve dois alvos: frear uma guerra interna que se consolida entre integrantes do próprio governo e estancar, em parte, pancadaria externa.
Claro que, indiscutivelmente, todo recuo deixa marcas.
Esse caso diz respeito à isenção de R$ 12 milhões para os cofres do Estado, questionado por membros do próprio governo, de uma administração que há dois meses lutou desesperadamente para ver um empréstimo aprovado na Assembleia Legislativa. Ora, quem pede dinheiro para fazer obras não abre mão de dinheiro. Ou não é?
Mas a oposição tem – e teria – que tomar muito cuidado na condução desse debate para não parecer apenas barulhenta e deixar de explorar o assunto pelo lado que ele deve ser explorado. Não adianta, por exemplo, querer satanizar exclusivamente Marcelo Weick.
Tá certo que foi Weick o escalado para responder por uma nomeação no Estado, até hoje sem resposta, do filho do juiz Nadir Valengo, responsável por voto em favor da cassação de Cássio. Mas ali o então procurador apareceu mais como porta-voz do governo, do que réu.
Como diria Augusto dos Anjos, de todo jeito, satanizar exclusivamente o jovem advogado é inútil, é vão, é improfícuo. Especialmente, porque, ao fazer isso, a oposição faria com que o próprio governador passasse ao largo dessa história, no melhor estilo presidente Lula: “Não vi, não sei”. Ou seja, Maranhão não tem nada a ver com o que acontece de ruim no governo dele.
O caminho mais viável para que a oposição trave um debate de nível se conduz pela crítica a um governo que parece não ter unidade e, principalmente, clareza nas ações. Não tem unidade porque os auxiliares se desentendem. Não tem clareza por parecer faltar uma ordem por parte do chefe maior, seja de afrouxamento das questões fiscais, seja de “arrocho”.
A falta dessa clareza e dessa unidade conduz a problemas como este, que dão mote a que se pense em esquemas de corrupção. Além disso, a oposição não pode esquecer da incoerência do grupo do governador Maranhão. Que não muito longe chegou a sugerir CPI acusando o governo anterior de ter sido muito bonzinho e perder recursos na venda dos títulos da Cehap. Alguém lembra?
De uma forma ou de outra, a oposição na Paraíba tem tema para debate. E, o mais interessante nisso tudo, é que o tema foi provocado sem a participação da oposição.
Pergunta que não quer calar
Cadê os defensores da moralidade pública na Paraíba, Lúcio Flávio, presidente do Sindicato dos Administradores, e o auditor Otávio Sintônio Pinto, autores de ação contra o governador Cássio sob acusação de perda de recursos públicos na venda dos títulos da Cehap?
Claro que, indiscutivelmente, todo recuo deixa marcas.
Esse caso diz respeito à isenção de R$ 12 milhões para os cofres do Estado, questionado por membros do próprio governo, de uma administração que há dois meses lutou desesperadamente para ver um empréstimo aprovado na Assembleia Legislativa. Ora, quem pede dinheiro para fazer obras não abre mão de dinheiro. Ou não é?
Mas a oposição tem – e teria – que tomar muito cuidado na condução desse debate para não parecer apenas barulhenta e deixar de explorar o assunto pelo lado que ele deve ser explorado. Não adianta, por exemplo, querer satanizar exclusivamente Marcelo Weick.
Tá certo que foi Weick o escalado para responder por uma nomeação no Estado, até hoje sem resposta, do filho do juiz Nadir Valengo, responsável por voto em favor da cassação de Cássio. Mas ali o então procurador apareceu mais como porta-voz do governo, do que réu.
Como diria Augusto dos Anjos, de todo jeito, satanizar exclusivamente o jovem advogado é inútil, é vão, é improfícuo. Especialmente, porque, ao fazer isso, a oposição faria com que o próprio governador passasse ao largo dessa história, no melhor estilo presidente Lula: “Não vi, não sei”. Ou seja, Maranhão não tem nada a ver com o que acontece de ruim no governo dele.
O caminho mais viável para que a oposição trave um debate de nível se conduz pela crítica a um governo que parece não ter unidade e, principalmente, clareza nas ações. Não tem unidade porque os auxiliares se desentendem. Não tem clareza por parecer faltar uma ordem por parte do chefe maior, seja de afrouxamento das questões fiscais, seja de “arrocho”.
A falta dessa clareza e dessa unidade conduz a problemas como este, que dão mote a que se pense em esquemas de corrupção. Além disso, a oposição não pode esquecer da incoerência do grupo do governador Maranhão. Que não muito longe chegou a sugerir CPI acusando o governo anterior de ter sido muito bonzinho e perder recursos na venda dos títulos da Cehap. Alguém lembra?
De uma forma ou de outra, a oposição na Paraíba tem tema para debate. E, o mais interessante nisso tudo, é que o tema foi provocado sem a participação da oposição.
Pergunta que não quer calar
Cadê os defensores da moralidade pública na Paraíba, Lúcio Flávio, presidente do Sindicato dos Administradores, e o auditor Otávio Sintônio Pinto, autores de ação contra o governador Cássio sob acusação de perda de recursos públicos na venda dos títulos da Cehap?
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